A celulite é mencionada na literatura médica desde o século XIX, mas foi apenas na década de 1920 que começou a ser estudada com mais profundidade. O termo “celulite” foi utilizado pela primeira vez em 1922, em um artigo médico francês, para descrever a aparência da pele afetada.

Acredita-se que a celulite seja uma condição multifatorial, com origem em uma combinação de fatores hormonais, genéticos, circulatórios e de estilo de vida. A predisposição genética, as alterações hormonais femininas (como as que ocorrem durante a puberdade, gravidez e menopausa) e a forma como a gordura se distribui no corpo feminino são fatores importantes no desenvolvimento da celulite.

• Fatores hormonais: as alterações hormonais femininas, como as que ocorrem durante a puberdade, gravidez e menopausa, podem influenciar na formação da celulite. Os hormônios femininos, como o estrogênio, podem afetar a distribuição de gordura, a circulação sanguínea e a produção de colágeno, contribuindo para o aparecimento da celulite.
• Genética: a predisposição genética pode aumentar a probabilidade de desenvolver celulite. Se sua mãe ou avó têm celulite, é mais provável que você também a desenvolva.
• Estilo de vida: hábitos como sedentarismo, má alimentação, tabagismo e consumo excessivo de álcool podem contribuir para o surgimento da celulite. O sedentarismo pode levar ao acúmulo de gordura e à má circulação, enquanto a má alimentação pode causar inflamação e retenção de líquidos. O tabagismo e o consumo excessivo de álcool também prejudicam a circulação sanguínea e a produção de colágeno.
• Peso: o excesso de peso e a obesidade podem piorar a aparência da celulite, mas pessoas magras também podem desenvolvê-la. A gordura extra pode exercer pressão sobre o tecido conjuntivo, contribuindo para o aspecto de “casca de laranja”.
• Distribuição de gordura: a forma como a gordura se distribui no corpo, característica do corpo feminino, contribui para a formação da celulite. As mulheres tendem a acumular mais gordura nas coxas, nádegas e abdômen, áreas onde a celulite é mais comum.
• Problemas circulatórios: a má circulação sanguínea e linfática pode favorecer o aparecimento da celulite. A circulação deficiente pode levar ao acúmulo de líquidos e toxinas nos tecidos, contribuindo para a formação de nódulos e ondulações.

• Celulite Flácida
  A flacidez tissular promove uma maior depressão no tecido, sendo visível a olho nu e apresentando um aspecto gelatinoso. Geralmente não é dolorosa e é comum aparecer nas regiões dos braços, coxas, glúteos e culotes.
  
• Celulite Edematosa
  O tecido apresenta um aspecto inchado, semelhante a uma esponja. É o tipo mais desafiador de eliminar e está associado à má circulação, retenção de líquidos, varizes e edemas. Essa forma de celulite pode ser dolorosa ao toque, causando fadiga e cansaço, especialmente nas pernas, onde geralmente se manifesta.
  
• Celulite Gordurosa
  A área também apresenta dobra cutânea significativa e tecido mais denso. Esse tipo de celulite tem uma aparência mais rígida e consistente, não se movendo com os movimentos. Pode ser sensível ao toque e pode progredir para outros tipos de celulite se não for tratada.
  
• Celulite Mista
  É definida quando há o acometimento de mais de um dos tipos de celulite já citados.

• Mesoterapia: consiste na aplicação de injeções de enzimas, vitaminas e outras substâncias diretamente nas áreas afetadas pela celulite. Essas substâncias podem ajudar a quebrar as células de gordura, melhorar a circulação sanguínea e estimular a produção de colágeno.
• Ácido hialurônico: o ácido hialurônico é uma substância que preenche os espaços entre as células, hidratando a pele e suavizando as ondulações da celulite.
• Bioestimuladores de colágeno: os bioestimuladores de colágeno são substâncias que estimulam a produção de colágeno pela pele, melhorando a firmeza e a elasticidade, o que pode reduzir a aparência da celulite.
• Subcisão: A subcisão é um procedimento minimamente invasivo que consiste em romper as bandas fibrosas que aprisionam a gordura, liberando-a e melhorando a aparência da celulite.

• Anestesia local: a área a ser tratada é anestesiada para garantir o conforto do paciente.
• ​Incisão: são feitas pequenas incisões na pele para introdução da cânula.
• Liberação das bandas fibrosas: A cânula é utilizada para romper as bandas fibrosas que causam a celulite.
• ​Fechamento das incisões: As pequenas incisões são fechadas com pontos de sutura.

• Evitar exposição ao sol: a exposição ao sol pode aumentar a inflamação na pele e piorar a aparência da celulite. É importante usar protetor solar diariamente e evitar exposição prolongada ao sol, principalmente após tratamentos injetáveis.
• Manter a pele hidratada: a hidratação é fundamental para manter a saúde da pele e melhorar a aparência da celulite. Use hidratantes específicos para o seu tipo de pele e beba bastante água.
• Evitar roupas apertadas: roupas apertadas podem prejudicar a circulação sanguínea e linfática, favorecendo o aparecimento da celulite. Opte por roupas leves e confortáveis.
• Adotar hábitos saudáveis: manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool são hábitos fundamentais para prevenir e tratar a celulite.